sexta-feira, 17 de outubro de 2008
a day in the life
o dia começa cinzento, os mercados vão da vitaminose à anemia, o dia está cinzento, há jornalistas de economia à nora que telefonam a outros jornalistas de economia atarantados, o dia continua cinzento mas não chove, os candidatos descobrem que o joe the plumber não tem licença e tem os impostos em atraso, o dia permanece cinzento, um homem passou umas horas num tribunal qualquer com uma gun apontada à tola enquanto dialogava silencioso e em desespero com o seu mundo interior em fragmentos, o dia ainda não conheceu outra cor, a dra. freira leite da oposição descai-se e diz que nos orçamentos é usual ajustar as previsões aos números finais, o dia insiste em continuar cinzento, há um barbudo cheio de si que se insurge contra a nomeação dum correligionário narcísico para candidato à cml, o dia anoitece cincento, uma funcionária duma junta de freguesia é suspensa por causa dum freaking tv show, entretanto é noite, a manuela moura guedes reaparece no jornal da noite e continua parecida com o keith richards, o medina carreira é um tremendista cheio de graça e de razão mas se tivesse oportunidade de executar o que pensa este país assistira a uma segunda ou terceira grande diáspora, começa a chover, ao contrário a piada do vasco pulido valente a escrever perde-se a falar na caixa que mudou o mundo no entanto a manuela ri-se, é uma chuva miudinha, estou confuso porque estão os dois a dar palpites e não descortino o entrevistador do entrevistado nem o convidado do anfitrião, é chuva de molha-tolos ...
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um dia ainda morro de tédio.
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