sexta-feira, 5 de setembro de 2008

mais do mesmo

se bem que eu tenha já referido o claro exagero da questão semântica do desastre...... o antónio filipe faz questão de nos dar uma ideia mais semiótica da cena.........

curioso, é que este deputado do pcp não compreenda, que aquilo com que ele se congratula no processo eleitoral angolano, afirmando :«obviamente, há que reconhecer que houve dificuldades logísticas, designadamente nas primeiras horas, mas creio que elas são perfeitamente ultrapassáveis e sobretudo não põem em causa, de forma nenhuma, a idoneidade deste processo eleitoral e a forma democraticamente correcta como está a funcionar».....tem exactamente a mesma génese do que ele critica nos processos eleitorais para o governo regional da madeira.

noutras latitudes do espectro político, nomeadamente no chamado arco do poder, observa-se a uma inépcia total para lidar com as situações de double bind enviadas pelo poder instalado em luanda......são multiplas as formas dessas mensagens........já as recebemos através do caricato episódio das cartas de condução e ultimamente o que angola nos tem dito é: nós gostamos muito de vocês, mas se não nos deixarem entrar no capital da vossa empresa, e não nos derem uns lugares nas respectivas administrações, a gente zanga-se e o namoro acaba-se, mas apenas porque gostamos muito de vocês e só queremos que continuem a portar-se bem.........

é evidente que no substantivo nada me move contra a entrada de capital angolano ou doutra proveniência nas empresas portuguesas, muito pelo contrário, nem quero que me acusem de não deixar funcionar o sacrossanto mercado, mas já quanto à forma, essa.......

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